sábado, 30 de abril de 2011

Museu Emílio Fonteles



 Museu Emílio Fonteles

O estudo da localidade ou da história regional contribui para uma compreensão múltipla da história, pelo menos em dois sentidos: na possibilidade de se ver mais de um eixo histórico na história local e na possibilidade da análise de micro-histórias, pertencente a alguma outra história que englobe, e ao mesmo tempo, reconheça suas particularidades. (SCHMIDT, [Et. Al.], 2004, p. 113)

O estudo da História Local, enquanto proposta teórico-metodológica e política apresenta-se como possibilidade para a redefinição dos valores e práticas pedagógicas e de aprendizado do ensino de História. Neste sentido, apresentamos ao longo desta proposta narrativa uma discussão sobre o Museu Emílio Fonteles como instrumento para o (re)conhecimento das muitas memórias e outras histórias da cidade de Bela Cruz.
O espaço museológico, entendido como fórum, como lugar que deve permitir o transito de memórias, que viabilize a construção de identidades a partir dos pertencimentos possíveis de serem traçados, muito bem se apresenta como um campo importante para o fazer historiográfico, assim como, para uma discussão sobre a História enquanto disciplina, assim como sobre a história cotidiana numa perspectiva microscópica.
Neste sentido o Museu Emílio Fonteles, visitado a partir de seu acervo fotográfico que representam tempos históricos diversos da cidade, periódicos, cartas, e peças diversas sobre as peculiaridades culturais que representam a região, foi se faz importante para o reconhecimento da atuação de sujeitos históricos que atuaram na construção da cidade.
 Atualmente situado à Rua Professor Nicácio, no centro da cidade de Bela Cruz, onde se localizava a antiga Casa Paroquial, o museu Emilio Fonteles encontra-se em boa localização e disponível a visitação nos turnos manhã, tarde e noite contando com profissionais conhecedores do material exposto, engajados na proposta de orientação para a efetiva contribuição para o levantamento de questões sobre a história local a partir do seu acervo.
O espaço museológico referido, após considerável tempo desativado para a realização de uma reforma predial para melhor atender o público, expor e preservar ser acervo, recentemente foi reinaugurado, e hoje conta com visitação média mensal de 500 pessoas.
Diante das pesquisas e visitações realizadas, foi possível perceber que o Museu ainda não é muito procurado por grupos escolares, o que, assim consideramos, é reflexo das propostas de ensino de história há muito vinculadas à história positivista, que tende a privilegiar a atuação de personagens tidos como importantes, e que, de certa forma não tende a privilegiar a história local, de personagens anônimos, de uma história problema.
O museu foi intitulado Emilio Fonteles por este ser um representante do povo, reconhecido popularmente como líder comunitário, pessoa muito admirada na época por sua atitude perante a sociedade, este não era um líder político, pois, quando de sua atuação político-social, Bela Cruz não era ainda Município.
Em suma o museu permite um contato com a história viva do município, onde os belacruzenses podem sentir e viver um pouquinho do que seus antepassados construíram, podendo assim observar o que se edificou ao longo do tempo, assim como perceber que continuam presentes em nosso meio através desta exposição à sociedade.




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